Profissional de Arquitetos em Lisboa
HRA - lisboa é um gabinete de arquitetura e planeamento com início de atividade em 1998, constituído por uma equipa multidisciplinar formada por especialistas de diferentes áreas, preparada para o desenvolvimento de estudos e projetos nas áreas do planeamento urbano, da arquitetura, da arquitetura de interiores e da reabilitação urbana. A multiplicidade e diversidade dos projetos realizados - habitação, serviços, hotelaria, comércio e restauração, entre outros - muitos dos quais já construídos e publicados, atestam a polivalência desta equipa, assegurando o cumprimento rigoroso de prazos e objetivos para com os inúmeros promotores com quem trabalhamos. A HRA, beneficia ainda de relações privilegiadas com alguns dos mais conceituados gabinetes de engenharia de lisboa, assegurando o melhor acompanhamento de todas as especialidades necessárias à optimização do projeto global. Www.humbertoconde.com
Detalhes do projeto:
Moradia na Parede
Fotografia 38 de 43
Princípios: Trata-se de um projecto de uma moradia unifamiliar para o lote n.º 11 da rua 31 janeiro, localizado no centro da parede, zona caracterizada pelo p.d.m. Como espaço urbano histórico. O referido lote encontra-se expectante tendo uma configuração longitudinal à semelhança do seu confinante do lado esquerdo – a sul. As construções mais próximas inserem-se num grupo morfotipológico das casas de veraneio que proliferaram no litoral nacional nas décadas de 40 a 60. Estas casas, algumas interessantes, normalmente edificadas como segundas habitações ou residências de carácter eminentemente de período estival, apresentam por norma um jardim que as envolve em toda o seu perímetro. A excepção é feita nos casos dos lotes menos amplos em que, sobretudo num período posterior, foi recorrente o recurso à implantação por geminação, de modo a potenciar a faixa lateral sobrante no topo oposto. Neste caso particular, dada a configuração do lote e tendo em consideração o lote confinante como uma moradia pré-existente de três pisos acima do solo e um em cave, acreditamos que a construção a existir deverá certamente se balizar por estes alinhamentos, nomeadamente cérceas, volumetrias e manutenção de alinhamentos de fachada sobre a via pública. A nova construção deve promover o diálogo entre a moradia confinante pela dissonância do carácter marcadamente diferente em relação a todos os princípios de articulação espacial que presidem à confinante - quer pela opção por métodos construtivos, como as cantarias das vergas dos vãos exteriores e as placas de revestimento das fachadas. Salvaguardando um pequeno pátio de chegada à moradia - zona de acesso ao estacionamento e acesso à habitação - que assegura os alinhamentos, a construção nova desenvolve-se em três pisos acima do solo, libertando a tardoz (Poente), um espaço verde ajardinado, que se encontra em relação directa com os espaços sociais da casa. Acessos / espaços exteriores: A construção concentra-se nos alinhamentos da moradia confinante com a orientação nascente/Poente, o que permite libertar parte do terreno a nascente, como uma bolsa de recepção e descompressão, prevendo-se a criação de dois lugares de estacionamento no interior da parcela. Existe um corredor longitudinal delimitado pelos muros dos lotes contíguos com a introdução de um único elemento vegetal – árvore - que permite o acesso automóvel e pedonal ao interior da moradia. Este mesmo percurso será enfatizado pelo encastramento no pavimento de iluminação ao longo deste eixo. Ter-se-á em consideração o interesse pela manutenção da permeabilidade do solo pelo que se optou pela aplicação de uma grande superfície verde a tardoz como material de acabamento de toda esta área envolvente de modo a permitir a infiltração de uma percentagem significativa das águas pluviais e a optimização do acesso à rede de infra-estruturas derivadas dos ramais que estarão instalados sob a via pública. Estrutura funcional: Acede-se ao interior da moradia através de uma pequena rampa de inclinação mínima, átrio de distribuição comum ao acesso automóvel e pedonal . No piso 0 encontram-se os espaços sociais da casa. Através de um corredor central, que serve de hall de entrada da moradia, permite-se fazer a distribuição para os diferentes espaços da casa. Do lado esquerdo do corredor encontram-se as zonas da cozinha e de tratamento de roupas, acedidos lateralmente. À sua frente a sala, um amplo espaço que estabelece uma estreita relação com o exterior, através de um jardim. Por último, à direita do corredor encontram-se as escadas de comunicação com os pisos superiores - os espaços privados da casa. Subindo ao piso 1, pela escada de distribuição, localizada do lado direito do acesso principal à moradia, temos dois quartos equipados com instalação sanitária própria e devidos espaços de roupeiros. Ambos os quartos são iluminados naturalmente por vãos localizados nas fachadas nascente e poente, tendo sido criado um jardim exterior para canalizar luz natural e ventilação das instalações sanitárias de ambos os quartos. O piso 2 é composto por um espaço único – quarto 3 e de uma instalação sanitária de apoio. Ambos os espaços gozam de iluminação natural e de uma relação estreita com um terraço voltado a poente de onde emerge uma árvore vinda do jardim exterior criado no piso inferior. Humberto conde, arq.
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- foto: moradia unifamiliar na parede de humberto conde, arq. #2239